Geoprocessamento - Uma ferramenta de Transparência

Escrito em 18/02/2014

Dentro do Programa Brasil Mata Viva, utilizamos o Geoprocessamento como forma de garantir a segurança de nossas informações e transparência de operações. Mas o que é, afinal, o Geoprocessamento?

O Geoprocessamento é, em si, uma operação que envolve Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para fins diversos. Em outras palavras, usamos dados – informações – coletados seja por imagens de satélites, ou por observação e medição no local  de interesse para entender o espaço de atuação e os biomas envolvidos para desenvolver nossos projetos e aplicar nossa Metodologia.

Esta operação de geoprocessamento leva em consideração informações divididas em dois grupos:

(i) Naturais: que são da própria Natureza, como rios, bacias hidrográficas, áreas de floresta, relevo; e

(ii) Antrópicas: que são aquelas de ação do ser humano, como limites municipais e estaduais, estradas, presença de cidades ou fazendas, atividades produtivas desenvolvidas ali.

Esses exemplos informações são chamadas de “fatores”, já que sua presença ou sua ausência em determinado local é fundamental para que o BMV saiba agir e possa promover o desenvolvimento de seus projetos.

 

Qual a finalidade do Geoprocessamento?

Em um primeiro momento, quando elaboramos nosso plano de atividades, precisamos entender a fundo nosso local de ação. O Geoprocessamento permite aos nossos técnicos e cientistas saber quais as necessidades de quem mora nessas regiões, quais os problemas enfrentados no seu desenvolvimento e quais são as principais áreas de proteção para garantir a preservação do bioma, seja a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado ou o Pantanal (no caso brasileiro). Assim, saberemos quais animais ali vivem, quais atividades podem ser desenvolvidas para um impacto positivo na região, como melhorar a vida das pessoas ali ou nas áreas de influência, por exemplo.

Já no estágio de monitoramento, que é quando os projetos estão funcionando, o Geoprocessamento permite ao fazendeiro saber qual o estado de preservação das áreas de floresta em sua propriedade, assim como permite ao corpo técnico do BMV a identificação das áreas de queimada, quando ocorrem, e qual o resultado dos nossos esforços de preservação. E permite, ainda, ao investidor, identificar a área onde as Unidades de Crédito de Sustentabilidade (UCSvtBMV) que comprou foram geradas, observar por ele mesmo a evolução, ano após ano, da preservação daquelas árvores, identificar o proprietário da terra, o município onde se encontra a fazenda, sua situação legal... Resumindo, é um conjunto de dados muito importante para a operação do Programa e para a transparência com os parceiros, investidores e associados.

 

Onde estão esses dados?

Depois de reunidos os dados, fazemos estudos sobre eles e os colocamos na Plataforma de Registro da BTAAB – Transações de Ativos Ambientais do Brasil, onde cruzamos, explicamos e mantemos para verificação. Depois, geramos um QR Code, que funciona como um detalhado código de barras, e cada Certificado de UCS que emitimos carrega este código junto com um número de série (serial number), que é único e específico, pois cruza os dados da terra, do produtor e do comprador.

Este QR Code, que pode ser lido por qualquer aparelho móvel conectado à internet, leva a uma página na internet de acesso público que mostra os dados relevantes.

Existem diferentes níveis de acesso aos dados, pois é importante manter a privacidade e a segurança de nossos parceiros e produtores. As informações essenciais são de acesso público, o maior detalhamento é permitido por meio de login e senha, fornecidos pelo Brasil Mata Viva aos produtores, auditores, parceiros e investidores após o devido cadastro.

 

Como posso acompanhar?

Estes dados, já reunidos e explicados, estão disponíveis para visualização pública na Plataforma On-line de Registro da BTAAB – Transações de Ativos Ambientais do Brasil, sendo possível acessá-los a qualquer momento pelo leitor de QR Code em dispositivo móvel ou pelo seu navegador:

Para mais informações, visite:

www.btaab.com.br

Contribuição de:

André Altimare. Especialista em Geoprocessamento, responsável pelo setor de Geoprocessamento do Brasil Mata Viva.